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  • Foto do escritorCarolina Schmitt Testoni

RESENHA: SOMBRIA E SOLITÁRIA MALDIÇÃO

SINOPSE: O reino de Emberfall está sob ameaça. Amaldiçoado por uma poderosa feiticeira, o príncipe Rhen foi condenado a repetir seu aniversário de dezoito anos por sucessivos outonos. E, com a chegada desta estação, ele se transforma num monstro que destrói tudo e todos que cruzam seu caminho. A maldição só será quebrada se uma garota se apaixonar por ele. A vida de Harper nunca foi fácil. A garota nasceu com uma restrição de movimento causada por uma paralisia cerebral. O pai da jovem abandonou a família há muito tempo, e sua mãe está morrendo. Além disso, seu irmão assumiu as dívidas do pai e está envolvido com gente barra-pesada. Porém, um dia, ela tenta salvar uma desconhecida nas ruas de Washington DC e é atraída para um reino encantado. Harper não sabe onde está ou em que acreditar. Um príncipe? Uma maldição? Um monstro? Mas, quanto mais ela convive com Rhen nessa terra amaldiçoada, mais ela compreende o que está em jogo. Ao mesmo tempo, o príncipe percebe que Harper não é só mais uma garota – ela é sua única esperança. Entretanto, forças poderosas se erguem contra Emberfall e será necessário mais do que uma maldição quebrada para salvar Harper, Rhen e seu povo da ruína total.

"Sombria e Solitária Maldição" é o primeiro livro da triologia "Cursebrackers", e se trata de uma releitura de "A Bela e a Fera".


Tem sangue debaixo das minhas unhas. Tento imaginar quantas pessoas eu matei dessa vez.

Harper é uma garota que teve paralisia cerebral. Uma doença que pode afetar várias pessoas de várias formas diferentes. Em Harp, ela afetou o movimento de uma das pernas. A menina passou por diversas cirurgias que a permitiram caminhar quase que normalmente, mas mesmo assim, seu irmão mais velho, Jacob, a superprotege, como medo de a irmã se ferir.


Só porque não pôde salvar o mundo, não significa que não salvou ninguém.

Harper e Jake estão em dificuldades extremas. O pai se meteu com as pessoas erradas, está devendo muito dinheiro e fugiu. A mãe está em estágio terminal de câncer de pulmão, e está sobrevivendo mais do que os médicos previram. Juntos, os irmãos estão trabalhando como cobradores para o homem que o pai deve dinheiro, ou melhor, Jake faz a parte difícil e Harp fica de vigia.


Minha mãe diz que todo dia é uma benção. Mas na verdade, todo dia é uma tortura.

Uma noite, em meio a mais uma cobrança, Harper vê um homem sequestrando uma mulher, e mesmo com suas limitações, corre para intervir com a ajuda de uma chave de fenda (aí já comecei a gostar dela). Mas o que ela não esperava, era que iria apagar e acordar em outra dimensão.

Emberfall está amaldiçoada e fadada a terminar seus dias em morte, desespero e sofrimento. Lá, Harper conhece o príncipe herdeiro, Rhen, e o seu sequestrador e chefe da guarda real, Grey.


Essa nunca foi uma maldição passível de ser quebrada. É uma sentença de morte. A verdadeira maldição foi a ideia de que talvez pudéssemos achar uma saída.

Rhen é um típico príncipe que estava acostumado a ter o que queria, mas depois da maldição, tudo que conseguiu foi dor, sofrimento e raiva. O príncipe esconde um terrível segredo. Toda nova estação, ele se torna uma fera terrível que destrói e mata tudo o que vê pela frente. Além disso, a terrível feiticeira que o amaldiçoou o faz passar por dores inimagináveis para sua diversão. Confesso que de início, senti uma pequena aversão ao personagem, mas ele se mostrou alguém justo e disposto a lutar pelo seu povo, mesmo que isso signifique sua destruição e isso com certeza deu a ele um lugar em meu coração.


Meu pai, certa vez, disse que todos recebemos cartas de baralho ao nascer. Uma boa mão pode, no fim, perder, assim como uma mão ruim pode vencer, porém todos precisamos jogar com as cartas que o destino distribuiu. As escolhas que fazemos podem não ser as que desejamos, mas nem por isso deixam de ser escolhas.

Grey fez um juramento de proteger o reino e a família real a qualquer custo. E, mesmo com a maldição, se recusou a sair do lado do príncipe. Apenas sua lealdade e humildade o mantém junto a Rhen, e isso simplesmente aqueceu meu coração.


Mesmo quando o mundo parece estar mais sombrio, ainda existe muita oportunidade para a luz.

Com o tempo se esgotando, Rhen e Grey tem sua última chance de quebrar a terrível maldição que assola Emberfall. Terão de fazer com que Harper se apaixone pelo príncipe até o fim da estação. Como se isso fosse fácil.


A habilidade que ela tem de me provocar e me derrotar é realmente admirável.

O que eu mais gostei desse livro, é que o fato de Harper ter uma limitação, não a impediu de ser a pessoa mais corajosa e incrível do livro. Ela é forte, humilde, gentil e misericordiosa. Amada pelo povo e por todos que a conhecem. E para proteger seus amigos, ela enfrentaria o inferno.


- Você rasgou meu vestido
- Eu estava mirando mais pra cima. Mas ainda estou aprendendo.

Eu amei o modo como o relacionamento de Harper, Rhen e Grey vai se desenvolvendo... Até agora que o primeiro livro acabou, não tenho certeza de qual casal eu estava shippando, de tão bem desenvolvido que foi o livro, embora eu queria muito a maldição quebrada.


Não é o momento da morte o mais importante. São todos os momentos que vieram antes.

O livro apresenta casais LGBTQIA+, miscigenação, feminismo e personagens com deficiência. A autora construiu um mundo completamente novo e incrível e ainda o complementou com diversidade e harmonia.


Mesmo quando o mundo parece estar mais sombrio, ainda existe muita oportunidade para a luz.

Título: Sombria e Solitária Maldição

Autor (a): Brigid Kemmerer

Editora: Plataforma 21

Páginas: 504

Ano: 2020

Nota: 4,6

Link para compra na Amazon: https://amzn.to/37H2luh

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