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  • Foto do escritorCarolina Schmitt Testoni

RESENHA: CROOKED KINGDOM - VINGANÇA E REDENÇÃO

SINOPSE: “Confiar na pessoa errada pode custar a própria vida.” Após se safarem milagrosamente de um ousado e perigoso assalto na notória Corte do Gelo, Kaz Brekker e sua equipe se sentem invencíveis. Mas o destino está prestes a dar uma perigosa guinada e, em vez de dividir uma vultosa recompensa, os seis comparsas terão que se munir de forças, de armas e de seus talentos para lutar pelas próprias vidas. Traídos e devastados pelo sequestro de um valioso membro da equipe, o Clube do Corvo agora conta com poucos recursos e aliados, e quase nenhuma esperança. Enquanto isso, forças descomunalmente poderosas se abatem sobre Ketterdam para desenterrar os segredos mais sombrios da potente droga conhecida como jurda parem, ao passo que antigos rivais e novos inimigos surgem para desafiar a perspicácia de Kaz e testar a frágil lealdade de seus parceiros. Agora, todos terão de enfrentar seus próprios demônios, e será preciso muito mais do que sorte para sobreviver à guerra que está se armando nas ruas obscuras e tortuosas desse implacável submundo – uma batalha por vingança e redenção que decidirá o futuro do mundo Grisha.


Esse livro simplesmente destruiu meu psicológico. Começo a resenha com essa frase, pra vocês terem uma noção do quanto esse livro foi incrível.


O livro começa exatamente de onde o outro parou. Após Van Eck sequestrar Inej, o ponto fraco de Kaz, o mercante conseguiu tudo que queria, manter o jovem em suas mãos, ou pelo menos, era o que imaginava.


Há uma diferença entre confiança e arrogância.

Kaz e seu bando planejam recuperar Inej e seu dinheiro, e destruir o mercante no processo. Ninguém planeja algo como os bandidos do posto 5 e Van Eck não tem ideia do que se meteu.


É triste perceber o quanto Kaz é um menino quebrado. Por mais que ele queira demonstrar que se importa com seu bando, ele simplesmente não consegue e esconde tudo atrás de uma máscara de indiferença e dever com o trabalho. Nada mais. Um monstro.


Katterdam é feita de monstros. Acontece que eu tenho os dentes mais afiados.

Por outro lado temos a Inej, que nesse livro se tornou ainda mais incrível. Devo admitir que eu me senti mal por ela no começo. Sozinha após ter sido sequestrada, a espectro começa a acreditar que não significa nada para o bando, e que eles a deixariam apodrecer ali. Mas acaba se surpreendendo com o quanto estava enganada.


Eu teria ido atrás de você. E se eu não pudesse andar, rastejaria até você, e não importa o quanto estivéssemos machucados, nós lutaríamos juntos para escapar, facas em punhos, pistolas ardendo. Porque é isso que fazemos. Nunca paramos de lutar.

É engraçado como a autora me fez shippar todos os casais do livro e surtar com eles. Enquanto Inej e Kaz são um casal com uma conexão incrível e um fogo que se esconde no coração de cada um, o casal Mathias e Nina é oposto. A relação deles se baseia na aceitação, compreensão e apoio. É incrível como esses dois são tão diferentes, mas se amam o bastante para entender o inferno um do outro, sem julgamentos.


Não deixe que elas a acuem. Você não é mais aquela garota. Você não é mais um soldado recebendo ordens.

Nina ainda está afetada após ter sido obrigada a usar a jurda parem, para salvar seus amigos. A desintoxicação está sendo incrivelmente difícil, mas o que mais me surpreendeu é como essa personagem se desenvolveu ainda mais que no outro livro. Por mais que esteja se sentindo doente por estar lutando contra a vontade de utilizar a parem, ela nunca se deixou quebrar. Por seus amigos, ela iria ao fim do mundo, e essa determinação tornou ela uma das minhas personagens favoritas da vida.


Você não é fraco porque não sabe ler. É fraco porque tem medo de que as pessoas vejam a sua fraqueza. Está deixando a vergonha decidir quem você é.

Mathias me surpreendeu muito. Ele era um brutamontes no primeiro livro e seu mau humor me incomodava demais. Mas nesse livro, ele se mostrou o mais gentil e doce de todo livro.

Eu... Não tem ninguém que eu queira mais no mundo, não tem nada que eu queira mais do que ser tomado por você.


Jasper é meu crush nesse segundo livro. As brincadeiras que ele faz em momentos inoportunos arrancaram muitos sorrisos de mim. Devo dizer que eu estava o tempo todo esperando por capítulos contados pela visão dele, mas quando chegaram os contados por Wylan, percebi o quanto eu amava o mercantezinho.


Esse casal simplesmente é o que mais aqueceu meu coração. Jasper, um encrenqueiro e viciado em jogos, mas com o coração bom e com talento para armas. E Wylan, filho de um famoso mercante, que não sabe ler, mas que tem boa índole e que sabe muito bem como armar uma bomba. Eles são tão fofos que eu não conseguia parar de sorrir em cada momento que eles apareceram juntos.


Devo dizer que o que mais gostei nesse livro, além da bela história e da trama, foi a construção dos personagens. Cada um tem seus monstros do passado para enfrentar, mas nem isso os impediu de lutar por uma causa. Conforme o livro vai se desenvolvendo, os personagens crescem mais e mais, e a forma como a autora escreveu capítulos narrados pelos diferentes personagens, foi possível observar como cada um lutava internamente sobre o que era certo e errado.


No barril, segurança não é uma moeda de troca. Existem apenas força e fraqueza. Você não pede por respeito. Você o conquista.

Quando o plano deles acaba tendo alguns desvios, decisões precisam ser tomadas, pessoas precisam ser arriscadas e, pelo bem do mundo deles, sacrifícios terão de ser feitos.


Leigh Bardugo conseguiu construir uma escrita baseada em tensão do início ao fim. Era sempre uma surpresa, nunca era possível prever o que iria acontecer, o que me fez ler esse muito rapidamente, ansiando por respostas. Um livro de reviravoltas espetaculares que me fizeram rir, chorar e surtar.


Crooked Kingdom é uma história de como um pouco de caos pode levar a um bom equilíbrio.


Título: Crooked Kingdom

Autor (a): Leigh Bardugo

Editora: Gutenberg

Páginas: 448

Ano: 2017

Nota: 5,0

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